segunda-feira, dezembro 14, 2009
Viagens

Quando viajo por outros mundos vejo o mar deserto. Vejo-me debaixo de água rodeada de qualquer coisa indecifrável.
Quando tu viajas por outros mundos não vês o mesmo que eu, mas sei que é algo igualmente pacífico e impressionante.
Viajamos quase sempre fisicamente juntos, mas vemos realidades diferentes. Gosto que me contes as tuas imagens, assim como gosto de te contar as minhas.
Queres deixar o nosso santuário por uns dias e ver as mesmas imagens que eu?
segunda-feira, dezembro 07, 2009
Fuck you, fuck you very very much

Euforia - Dúvida - Consciência - Euforia 2 - Um pouco mais de dúvida - Decisão final - Sim - Procura desenfreada - Incerteza - Encontro bom ou mau - Euforia 3 - Experiência - Libertação - Euforia 4 - Down - Outra - Euforia 5 - Conversa - Jogos - Movimento - Horas voam - Fim - Incapacidade - Terror - Acordar - Inutilidade total - Arrependimento? - 0.
quarta-feira, dezembro 02, 2009
quinta-feira, julho 02, 2009
Ignorance

The numbness shattered her. I thought she would lose track, I thought she wouldn't be able to rise from the dead. That's how she felt: dead inside. The loneliness cut her brain like a lightning and spread it around places she always tried to keep a safe distance from. Now all of it was broken, all of it saw the truth. But what an ineffable truth it was. It was the kind of truth that makes you wiser, grander than the other brutes around you, but at the end who's happier? The truth can kill you, the truth seeks the truth in itself.
She still wasn't able to find herself, although she knew it was the right time to do it. If ever, now was the time. The clock is ticking.
She always knew...well, not always, but once she became aware of certain things I don't dare explain, she knew something was going to happen without any kind of warning sign. As the days go by she tries to flee from those kind of thoughts. They don't do you any good, they just make you bitter. Lonely. Oh how lonely she felt sometimes. Sharing this with someone wasn't an option, she had to keep it all to herself what only made it worse, harder to bare with.
Despite it all, she got up. Enough daydreaming, enough thinking, enough of killing herself and the ones around her. Altough they didn't know it she was killing them too. Slowly they would stop breathing the same air as her. And no, she couldn't afford to lose more lives. So she headed North, she wanted to feel the cold warmth of goosebumps on her body, she wanted to touch the snow, she wanted everything around her to be as cold as she was. Yes, that was it: coldness could heal her.
quinta-feira, abril 09, 2009
Agora
Hoje estou fora do meu corpo. Vou pairando por aí ao acaso.
Hoje aprendi a fugir. Basta-me ficar quieta.
Hoje vou fingir que não vou voltar.
Hoje aprendi a fugir. Basta-me ficar quieta.
Hoje vou fingir que não vou voltar.
sexta-feira, março 27, 2009
quinta-feira, março 19, 2009
70 minutos

Espera mais deprimente. Nada conheço como antigamente. Queria tanto voltar a percepcionar as coisas como uma criança. Era tudo tão mais simples. Era tudo novo, natural. Pequenas coisas eram sinónimo de entusiasmo. Entusiasmo que, hoje em dia, poucas vezes sinto. Hoje é tudo complicado, é tudo ridículo, é tudo tão questionável. Não tenho medo. Ando apenas apreensiva. Parece que só encontro paz em determinados momentos quase imperceptíveis.
Isolei-me demais de tudo e todos. E porquê? Em parte sei a razão, mas teve várias causas. Foram-se empilhando lentamente e deixaram-me onde hoje estou. Queria mudar. Queria voltar a ter parte da vida que tinha antes para pelo menos ter a certeza que não perdi tudo o que me definia. Como fazer? Até sei o que provavelmente ajudava, mas implicava sacrificar demais à custa de uma simples descoberta. O que é verdadeiramente importante afinal? Estarei a pensar demais outra vez?
Há muito tempo que não tinha necessidade de escrever. Quando tenho, é porque algo cá dentro me atormenta. Gostava de estar em paz.
Aqui jaz Joana. Filha, irmã, prima, sobrinha, neta, namorada, amiga. Demasiadamente crítica, extremamente sensível, ingénua, sempre procurou a utopia.
As coisas que as pessoas escondem por detrás de um sorriso... É pena ninguém ver por detrás dos meus. Ou não. Se a tempestade onde eu viajo fosse vista por alguém, provavelmente seria internada. Será um extremo? Talvez. Vou escrever um livro. Todos escrevem hoje em dia. Pode ser que seja reconhecida depois de morta. Pode ser que nessa altura já me consigam decifrar. Gostava de me ver decifrada. No fundo todos precisam de ser decifrados. Ninguém é aquilo que aparenta ser. Até que ponto somos capazes de realmente conhecer um pessoa? Conhecemos hábitos, expressões, manias, olhares, corpos, mas e o cérebro? A mente negra de cada um!? Nunca vamos saber...
Tantas pessoas olham para mim diariamente. O que será que vêem? o que verão para além da aparência física? Uma míuda insegura? Confiante? Forte? Frágil? Arrogante? Simpática? Já ouvi dizer muitas coisas. Mais vale nem pensar. Apesar de não me atormentarem, os pensamentos dos outros deixam-me curiosa.
É tão estranho o que se faz para agradar alguém em especial. Qual é a razão de se criarem laços com alguém, quando a qualquer momento os laços podem ser quebrados da noite para o dia, deixando mágoa e rancor. Qual é o sentido disto se ninguém ama ninguém? Todos querem a perfeição, apesar de ela ser enfadonha. É sonhado ter a perfeição por um dia. O complicado atrai-nos. O diferente repugna-nos. Odeio isto tudo. Odeio pessoas.
Passaram 30 minutos. Restam-me 40. Estou a desfazer-me. 30 minutos nisto? Como é que é possível Joana? As pessoas olham-me de lado. Apetece-me dar um murro a cada uma delas. E se ficassem todos cegos? Não me viam, sentiam só. Era melhor, era mais giro, coitados. Invasão de pensamentos macabros. É melhor parar.
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
segunda-feira, fevereiro 02, 2009
domingo, fevereiro 01, 2009
Silêncio
Todos querem atenção, todos querem ser ouvidos.
Quantas palavras dizes tu em vão?
Eu? Muitas... Demasiadas.
Não preciso que me oiçam, preciso que me entendam. Se existir apenas uma gota de compreensão eu fico satisfeita.
Baboseiras? Digo muitas. Só uma frase no meio delas terá significado e se a captares, nem que seja de vez em quando, conheces-me como muito poucos conhecem.
Epifania?
Quantas palavras dizes tu em vão?
Eu? Muitas... Demasiadas.
Não preciso que me oiçam, preciso que me entendam. Se existir apenas uma gota de compreensão eu fico satisfeita.
Baboseiras? Digo muitas. Só uma frase no meio delas terá significado e se a captares, nem que seja de vez em quando, conheces-me como muito poucos conhecem.
Epifania?
domingo, janeiro 25, 2009
Ofiurídeo
Encontrei-te na areia.
Partida, incompleta, morte certa.
Pensei guardar-te.
Agarrei-te durante algum tempo.
Observei como te tentavas movimentar na minha mão, quase caías.
Não fui capaz.
Entrei no mar, nadei o mais longe que pude e despedi-me de ti.
Salvei uma estrela do mar.
Todos se riram.
Eu sorri.
Partida, incompleta, morte certa.
Pensei guardar-te.
Agarrei-te durante algum tempo.
Observei como te tentavas movimentar na minha mão, quase caías.
Não fui capaz.
Entrei no mar, nadei o mais longe que pude e despedi-me de ti.
Salvei uma estrela do mar.
Todos se riram.
Eu sorri.
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