Vivo na ilusão. Na ilusão de uma ideia, na ilusão de um sentimento, na ilusão de um compromisso, de uma promessa perdida. Nada é uma ilusão verdadeira. Sei que tenho tudo o que poderia desejar, mas parece que falta alguma coisa, parece que há sempre qualquer coisa que não está bem. O quê? Não consigo arranjar as palavras certas para o dizer. Parece que vai sempre saír de uma forma errada, parece que vai sempre ser mal interpretado. Até eu interpreto mal. Não sei o que quero. Não sei onde vou parar. Tenho o mundo estagnado à minha volta. Mas tenho um mundo só para mim, o mundo que qualquer pessoa quer, ao qual poucos têm direito. Um mundo que tantos procuram a vida inteira e nunca encontram. Um mundo que eu encontrei sem sequer procurar. Era muito cedo para procurar, mas já que ele apareceu e me fez viver de uma maneira tão intensa não posso deixá-lo escapar, não quero deixá-lo escapar.
Pequenas coisas fazem o meu mundo morrer um bocadinho todos os dias. Se eu sei por que é que o faço? És difícl de lidar, és difícl de perceber, és difícil... Giras e giras e dás voltas e voltas sempre ao mesmo lugar. Não sei onde estou...
Só peço um luz, um lugar ao sol, nem que seja por umas horas, nem que seja por um minuto. Quero sentir tudo outra vez, quero chorar, quero gritar para todos ouvirem, quero reviver momentos inesquecíveis, quero ser surpreendida, quero renovar. E era tão fácil, peço tão pouco.
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