O filme. As passagens do livro.
O banho. A pele. O cabelo. Os lábios.
Estremecer.
Contorcer.
Envolver.
Respirar.
Um uivo quase desesperado no teu ouvido. Chamei, chamei, chamei. Só passado muito tempo é que ouviste e aí já eu estava no fundo da toca. Se tinhas medo antes, agora então sabias que a tua maneira de ver o mundo iria mudar. Eu trazia a loucura nos olhos e tu cedeste ao poder hipnótico. Rasgaste-me o vestido vermelho. Eu comandei-te.
O filme. As passagens do livro.
O banho. A pele. O cabelo. Os lábios.
Estremecer.
Contorcer.
Envolver.
Abro e fecho os olhos. Tento entender a realidade... Estou confusa. Acabei por te ir buscar para me matares a sede. Mata. Matas tão bem. Os teus olhos mudam de cor a cada beijo que te dou. O teu peito transforma-se em tela onde pinto o significado de desejo.
O filme. As passagens do livro.
O banho. A pele. O cabelo. Os lábios.
Estremecer.
Contorcer.
Tranquilo. Agressiva. Lento. Provocadora. Sereno. Desesperados!
O filme. As passagens do livro.
O banho. A pele. O cabelo. Os lábios.
Estremecer.
Podíamos ter ficado semanas ali deitados. Ficámos tanto quanto pudemos. Tu. Eu. Eu. Tu. Descobriste como o meu corpo funciona. Eu descobri como te tocar. Promete-me que nunca vamos deixar ninguém meter-se entre nós. Prometo. És tu.
O filme. As passagens do livro.
O banho. A pele. O cabelo. Os lábios.
Lutar.
quarta-feira, julho 20, 2016
terça-feira, julho 12, 2016
Ideias
Acho que vou para a praia. Queria uma deserta, mas não sei onde arranjar uma dessas nesta altura do ano. Posso sempre fazer da praia, deserta... Entrar no mar, nadar um bocadinho e olhar só para o horizonte. Deixar de sentir o peso do corpo. Sentir que aquele momento pode durar para sempre. Eu, o azul, o flutuar do corpo, da cabeça, de tudo o que me parecia importante e ali se esvai. Ali sai de mim. Ficar limpa da todas as ideias. Comecei a gostar mais da praia no dia em que me apercebi deste poder. As fotografias saem da minha cabeça, deitam-se no mar e vão-se embora ao sabor das ondas... Claro que voltam, o mar não tem poderes mágicos, mas voltam reformuladas.
segunda-feira, julho 11, 2016
Numa gaveta
Vi um filme. Vi dois. Vi três.
O terceiro foi sem querer. Foi um daqueles filmes que me sentei a ver, porque sim. Filmes que não vemos. Filmes que só vemos quando o cérebro já não consegue comer mais nada a não ser entretenimento fácil e fácil...
O momento crítico foi a parte em que me virei para o meu imaginário, falei na língua que não me lembrava mais saber e perguntei "e agora como é que ele se vai salvar se são todos maus?!!". Perguntei-te a ti, baby. Perguntei a nós. Perguntei à nossa relação. Vi-nos ali deitados no sofá (eu a 15 minutos de adormecer, tu felicíssimo por eu ter cedido a ver aquele filme). "Vais adormecer de qualquer maneira, vá lá". Tive tantas saudades disso. Tantas saudades desses momentos, outrora constantes e garantidos. Agora em pausa até aparecer alguém que encontre o mesmo significado no simples facto de estarmos ao lado um do outro. Queria dizer-te, queria gritar ao mundo que senti saudades tuas, saudades nossas. Tantas saudades daquilo que éramos juntos. Tu e eu. Eu e tu dentro do nosso pequeno mundo. Um mundo cheio de coisas boas, um mundo cheio de gargalhadas, palmadas e beijinhos. Um mundo em que fui tão feliz só por saber que naquela noite ia poder adormecer no teu peito e que no final do filme tu me ias arrastar para a cama, deitar-me (eu é que acabava por te deitar, apesar de todos os protestos). Aquele abraço antes de adormecer, aquele momento de infinita cumplicidade, aquele momento em que encostávamos a cara um no outro e assim permanecíamos até ao dia seguinte.
Admito. Andei cheia de saudades tuas nos últimos dias. Saudades tuas talvez não seja a denominação certa da coisa. Nostalgia talvez torne a situação menos assustadora para mim. No entanto, seja qual for a descrição mais ou menos adequada, o que permanece é que senti e o que senti foi um vontade louca de te agarrar.
Sim, isto é tudo normalíssimo. Q.b. Tudo normalíssimo q.b...
Amanhã já passou, depois de amanhã passou mais. Já aconteceu uma vez e foi porque... Porque estava sensível. Acho que voltei a estar sensível...
Sai, sai. Fui às gavetas pegar nestas brincadeiras. Encontrei pedaços de qualquer coisa que na verdade já é nada.
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