O apocalipse - o fim de tudo. Achava eu. Erradamente.
Apocalipse, do grego, apokálypsis, significa revelação.
Não deixa de ser o fim de um tudo. Quando existe uma revelação, significa que reconhecemos algo novo e quando reconhecemos algo novo, inevitavelmente já estamos a presenciar um fim. O fim de um conceito, o fim de uma crença, o fim de um paradigma...
Quer isto dizer que todos os dias nos encontramos perante um número imprevisível de acontecimentos que se podem revelar pequenos apocalipses.
Esta ideia tanto me agrada, como me assusta. Podemos passar dias, semanas, meses ou mesmo anos sem viver um apocalipse. Podemos também passar por momentos em que, cada dia, somos expostos a revelações que nos põem em movimento e vão gerando os tais pequenos apocalipses. Apocalipses estes, maioritariamente interiores, profundamente pessoais, muitas vezes pouco perceptíveis a olho instantâneo. A maior parte das vezes só reconhecemos as revelações bem depois do apocalipse.
Uma revelação - o caos instala-se - a vida como a conhecemos dá uma cambalhota - apocalipse.
Eu acredito que todos os apocalipses são positivos. Não o identificamos no momento e, muitas vezes, não sabemos lidar da melhor forma com a nova informação que temos em mãos. Agimos, reagimos e só depois da poeira assentar temos acesso à vista panorâmica que se vai anunciando, meio sem jeito, meio tímida, mas muito bonita.
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