domingo, outubro 01, 2006

Fim de Tarde

O mar à frente, a guitarra atrás. Dois sons envolvidos, comprometidos entre si.
As luzes formam reflexos na água. Reflexos vivos, embalados pela maré.
Os barcos flutuam.
As rochas, que já a tanto assistiram, permanecem imóveis, intransponíveis.
A lua ilumina o céu que parece estar tão perto.
E olho para ti.
Adormeceste ao meu colo e em ti vejo descanso, vejo paz.
Olho para ti, para a tua cara adormecida em mim, olho à minha volta e sinto um sorriso a rasgar-me a cara.
Um sorriso que se formou sem querer, um sorriso pelo momento. O momento em que ter-te indefeso nos meus braços, olhar para ti e passar a mão pelos traços da tua cara, bastou para ser perfeito.
Senti-te meu.

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