terça-feira, março 18, 2014

A vaguear por mensagens de outros tempos

"É a porta do Retiro? Parece que não. Mas vais andar perdida por lá, tentando encontrar-te. E quantos significados pode ter o nome desse jardim (onde só vai quem tu quiseres, onde és senhora do tempo sem fim) para ti neste momento. R e t i r o. Retira-te. Pensa-te. Inspira-te. Transforma o nó da inevitável solidão numa corda tão segura que te permita, tanto agarrar, como caminhar sobre ela. Eu não estou, a Carolina não está. Mas estamos os dois porque, inevitavelmente, fazemos parte de quem és hoje. Tal como, quer eu, quer ela, também absorvemos o teu mundo. Deixa-te ser consumida pela cidade, pelo chão, pelo ar, pela construção e pelo mar (que não há). Aproveita. Quando voltares, Madrid já não vai ser a mesma. E tu ainda menos, ainda que não consigas notar as diferenças. Viajar é uma fuga que fazemos para, no meio do desconhecido, nos encontrarmos. É conhecer-nos, longe donde vimos e de quem somos. É sermos nós, não sendo. É o paradoxo mais admirável do universo. Cada passo que deres nas calles, vale mais do que possas pensar. Dá muitos. Inspira e Expira. Caminha. "Caminante no hay camino, se hace camino al andar.
Take care! I'll be watching you."

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