domingo, dezembro 23, 2007

The girl with teary eyes

I saw her stumbling through the doors looking for a place to sit down. Where was she going? Was she meeting someone? These questions wandered in my mind untill she finally sat down. In front of me she was. Glanced at me quickly and started looking for something in her purse. What was she looking for so anxiously?
Her phone rang. She sighed and answered. For a few minutes I heard her mumbling something impossible to understand. She hung up. The phone went back into her pocket and out of her purse came an mp3 player. Such an ordinary thing, I was expecting something else. But why was I expecting something at all? Why was I observing this girl and couldn't take my eyes off of her.
She put the phones on and looked through the moving window. It was dark. Only the lights let themselves be seen as we passed faster and faster, letting all kinds of places, people, situations behind us. There was something about her eyes. They were deep and profound, it looked as if she was watching something, but not outside, not the lights. She was watching her thoughts slidding through her mind as fast as the train. What thoughts did she have?
Suddenly her eyes moved in my direction and I tried to avoid her seeing me looking at her, but I couldn't. Her eyes were sparkling. Sparkling because of the tears willing to fall. Sparkling because of the lights showing their reflection. What was she listening to? What had she seen, that made her almost start to cry?
She was crying inside. The tears didn't fall. They just spread in her eyes making them shine as if she had some kind of natural glow inside her. The journey was about to end. I just wanted to look at her to never forget that look, that face, that glow. What did she do to me?
We were arriving. She got up and aproached the door. Her mp3 player was back into her purse. The tears had gone away all by themselves. She stood there, waiting for the doors to open, with such a strong and powerfull look. I had seen her fragile side. I saw her wander somewhere only she knows; now reality was back to be faced as if that moment never happened.
The doors opened. I saw her hair flying with the wind and whispered goodbye, to the girl with teary eyes.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Agora ou Nunca

Vivo na ilusão. Na ilusão de uma ideia, na ilusão de um sentimento, na ilusão de um compromisso, de uma promessa perdida. Nada é uma ilusão verdadeira. Sei que tenho tudo o que poderia desejar, mas parece que falta alguma coisa, parece que há sempre qualquer coisa que não está bem. O quê? Não consigo arranjar as palavras certas para o dizer. Parece que vai sempre saír de uma forma errada, parece que vai sempre ser mal interpretado. Até eu interpreto mal. Não sei o que quero. Não sei onde vou parar.
Tenho o mundo estagnado à minha volta. Mas tenho um mundo só para mim, o mundo que qualquer pessoa quer, ao qual poucos têm direito. Um mundo que tantos procuram a vida inteira e nunca encontram. Um mundo que eu encontrei sem sequer procurar. Era muito cedo para procurar, mas já que ele apareceu e me fez viver de uma maneira tão intensa não posso deixá-lo escapar, não quero deixá-lo escapar.
Pequenas coisas fazem o meu mundo morrer um bocadinho todos os dias. Se eu sei por que é que o faço? És difícl de lidar, és difícl de perceber, és difícil... Giras e giras e dás voltas e voltas sempre ao mesmo lugar. Não sei onde estou...
Só peço um luz, um lugar ao sol, nem que seja por umas horas, nem que seja por um minuto. Quero sentir tudo outra vez, quero chorar, quero gritar para todos ouvirem, quero reviver momentos inesquecíveis, quero ser surpreendida, quero renovar. E era tão fácil, peço tão pouco.

quinta-feira, novembro 29, 2007

A map of the World

Arde um pouco todos os dias.
Balança suavemente ao sabor do vento.
Ignora os antigos assobios.
Voa por entre olhares perdidos.
Entra em constante desatino.
Prova diferentes sabores.
Foge ao colapso previsível.
Ama descontroladamente.
Acorda contigo.
Adormece contigo.
Olha nos olhos de alguém.
Passa despercebido.
Finge ser comum.
Reconhece a diferença.
Leva-me contigo.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Even After All

Apesar de casa hora me fazer sentir diferente parece que cada minuto me consome sem aviso, é transcendente.
Multidões, tráfego, cafés, drogas, um cigarro.
Um café por onde tantas mentes passaram, as árvores gastas de passarem despercebidas, as obras infindáveis de uma praça mais que revista.
Uma folha cai sbore o meu papel, uma folha que também já poderia estar escrita.
Que gasto, que melancolia,
que desperdício de horas na mais verdadeira escola da mente.
Conversas alheias penetram cabeças sem serem vistas e são absorvidas como que numa esponja que eternamente cresce.
Uma vida. Quem tem o direito de a criar? Quem o pode evitar?
Num mundo onde cada passo é uma corrida, onde cada volta tem um beco sem saída. Um mundo que nos dá esperança, mas que de repente se transforma na desilusão por outros já conhecida.
Que pessimismo dizes tu;
eu chamo-lhe o optimismo de um futuro subjectivamente objectivo.
Uma vez no mundo. Para sempre no mundo. Sozinho. Responsável por si e apenas por quem conquista.
Injustiça, corrupção e falsidade. Há algo mais para encontrar?
Há quanto tempo não tinhas tu uma epifania?
Qual é o verdadeiro sentido de tudo isto?
Crescer, trabalhar e mais um criar para a esta realidade chegar.
Um sonho... Existem tantos.
Quantos se realizam? Nada está escrito e o tudo bem numa hora passa para o tudo mal.
Porque é que fazes os mesmo erros depois das promessas repetidas?

domingo, maio 20, 2007

Unread

Slowly fading. Slipping through my fingers.
No resent...

domingo, março 25, 2007

...

I'm lost ....

domingo, março 18, 2007

Ócio

Total desperdício de capacidade produtora em horas filosóficas, envolvidas em fumo interiorizador de metáforas sem nexo significante, comprimidas por uma sensação de défice mental.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Lágrimas de papel





Uma lágrima, duas , três...

A razão sei eu muito bem.

Elas querem saír mas ainda hesitam.

Talvez por vergonha não admita.

Soltou-se uma, e outra logo a seguir.

O sentimento cresce, raiva que ainda mais me irrita.

Percorreram os traços da minha cara e pararam nos meus lábios.

Estou presa, condenada à escuridão.
E mais uma segue exactamente o mesmo caminho que outra percorreu.

Sei que se trocássemos muito pior seria.

Já não há mais lágrimas.

Por isso aqui fico, porque nada do que eu disse diria.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Não sou eu

Não percebo os rodopios, não entendo os gritos.
Não oiço nada, não vejo onde estou.
Não quero olhar para ti, nem ouvir os avisos.
Não vou voltar atrás, porque digo, faço e sou.

Sou a mentira que permanece.
Sou a vontade que acredita.
Sou a fuga que endoidece.
Sou a necessidade que necessita.

Eu não preciso da verdade.
Eu não quero a ilusão.
Eu só quero a realidade,
dentro de uma falsa designação.

sábado, fevereiro 03, 2007

Fragmentos


Silêncios passam por ti despercebidos. Silêncios que dentro de mim se acomulam e ansiosamente procuram uma saída. Talvez a saída não exista. Talvez a saída esteja fora do meu alcance, fora do meu corpo, fora da tua mente. A tua mente ou recusa ou não entende, talvez para ti seja transcendente, como o é para mim. Mas tu tens um transcendente diferente do meu. A tua transcendência é ainda mais distante do que o transcendente.
Infinitas palavras passam ao teu lado. Infinitas palavras com apenas um significado que flutuam à minha volta, que em mim entram e saem sem serem ouvidas. São palavras de apelo distorcidas pelo tempo, mas não perdem a simplicidade nem o significado primordial. E ficam ali, estagnadas, na esperança de um dia serem decifradas.
Olha para ti, olha à tua volta e agora olha para mim... Quem és tu? Quem são os outros? Quem sou eu?
Sou um labirinto e tu estás cá dentro adormecido.
Acorda!
Olha para trás, vê o que já atravessaste. Vê tudo o que em mim descobriste, tudo de mim que em ti marcaste. Tudo que de mim aprendeste, tudo que de mim evitaste, tudo de que me protegeste.
Temos suficientes diferentes e certezas guardadas que temos medo de partilhar, porque no fundo queremos a ingenuidade empírica do momento. Leva-me para a nossa solidão e deixa-me ser invadida pela multidão que só nos teus olhos encontro.