A Maria tinha um jeito de mexer no cabelo. Um jeito que me deixava louco.
A Maria tinha um jeito de ajeitar as calças ao andar. Um jeito que me fazia sorrir.
A Maria tinha um jeito de morder o lábio ao dizer algo em tom de brincadeira. Um jeito que me dizia para a beijar.
A Maria gostava de cantar quando sabia que ninguém a estava a ouvir.
A Maria gostava de dançar em frente ao espelho, ao som daquela música que nunca admitiria venerar.
A Maria gostava de sair sozinha e cambalear pelas ruas cheias de gente, observando tudo e todos, sem nunca deixar que a vissem a ela.
A Maria era uma sonhadora.
A Maria era uma criança em corpo de adulto.
A Maria era uma rapariga complicada com desejos simples.
A Maria não gostava de conversas banais.
A Maria não se contentava com pouco.
A Maria não deixava que ninguém a conhecesse.
A Maria foi levada pelo vento e deixou-me de mãos vazias, coração ferido e espírito perdido.
A Maria era assim.
Sorte a tua, se a encontrares.
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