Se não referisses uma, duas, três, dez coisas pelas quais passámos numa única tarde.
Se o toque repentino não fosse embaraçoso.
Se não nos ríssemos perdidamente sem razão aparente, só porque cruzámos olhares.
Se não completássemos as frases um do outro.
Se não tivesses medo de estar sozinho comigo.
Se me dissesses na cara para eu não me aproximar mais.
Se não tivéssemos sido construídos pela cumplicidade.
Se não sentisse que, tanto tu, como eu, procuramos uma desculpa para não cairmos num beijo apaixonado.
Se fosse mais simples.
Se tivesse percebido logo.
Se não tivesse fugido.
Se tu não saltasses tanto.
Se tivéssemos encontrado o equilíbrio.
E por só te querer a ti. A ti que já tive, mas não vi. Não olhei, não reparei. A culpa? Não é tua, não é minha. São ideias corrompidas por cérebros nublados. E agora? Agora... Foi.
Mandei um avião de papel na tua direcção... Entre lutas com o vento e a chuva, nunca chegará a ti.
Mandei um avião de papel na tua direcção... Entre lutas com o vento e a chuva, nunca chegará a ti.
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